quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Prefeito de cidade do Amazonas seria chefe de esquema de pedofilia


Depoimentos de vítimas que teriam sido molestadas foram revelados neste domingo pelo Fantástico


Prefeito de cidade do Amazonas seria chefe de esquema de pedofilia Reprodução/TV Globo
Pinheiro foi eleito prefeito pela primeira vez em 1999. e, hoje, comanda o município pela terceira vezFoto: Reprodução / TV Globo
O programa Fantástico, da TV Globo, revelou na noite deste domingo que o prefeito deCoari (AM), Adail Pinheiro (PRP), chefiaria um esquema de pedofilia envolvendo meninas de nove a 15 anos.
De acordo com a reportagem, o caso acabou de chegar ao Ministério Público do Amazonas, que informou estar coletando materiais para que possa propor uma ação penal contra o prefeito.
Depoimentos de mulheres e adolescentes que teriam sido molestadas por Pinheiro foram divulgados pelo Fantástico. Em um deles, uma mulher de 18 anos, que não quis se identificar, desabafou:
— Ele me levou para o quarto e me estuprou. Eu tinha 10 anos na época. Tem de parar esse cara. Ele é terrível, é um doente. Ele é um monstro.
A denúncia mais recente contra o prefeito chegou ao Conselho Tutelar no fim do ano passado. Uma menina de 13 anos contou que havia sido obrigado pela mãe a ter relações íntimas com Pinheiro, em troca de dinheiro.
No depoimento da menina, que foi gravado em vídeo pelo Conselho Tutelar, a garota conta que ainda recebeu a oferta de ganhar R$ 2 mil para cada amiga que levasse para o prefeito, contanto que seja virgem.
Coari é a segunda cidade com maior arrecadação e a segunda com maior PIB no Amazonas, principalmente por sediar uma empresa de petróleo, informou o Fantástico. Pinheiro já foi eleito três vezes prefeito de Coari.
A reportagem revelou, ainda, que o gestor já foi preso uma vez, mas solto pouco tempo depois. Ele também chegou a prestar depoimento como suspeito em uma CPI do Congresso sobre exploração sexual de crianças e adolescentes.
Conforme o Fantástico, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) irá a Manaus para analisar processos de exploração sexual, incluindo as denúncias contra o prefeito. Os conselheiros querem saber por que, apesar dos vários processos em tramitação, ninguém foi punido.
Há, ainda, reclamações sobre a demora na apreciação das ações pela Justiça. Diante disso, segundo a reportagem, o CNJ prometeu responsabilizar juízes caso seja comprovada negligência. O Tribunal de Justiça do Amazonas negou que haja juízes protegendo o prefeito.
Contraponto
O que disse o prefeito Adail Pinheiro, por meio do seu advogado Alberto Simonetti Neto
Pinheiro ficou de receber a equipe do Fantástico, mas, de última hora, desistiu do encontro. O advogado atendeu a reportagem e disse acreditar na inocência de Pinheiro. Também observou que as denúncias correspondem a algo que "não é o perfil" do prefeito. E complementou que há "oposição política muito forte no sentido de fomentar esse tipo de notícia e informação".

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