Câmara de Cuiabá vira palco de ameaças entre vereadores

Ao assumir interinamente a presidência, Onofre prometeu respeitar o Regimento Interno em todos os atos da Mesa Diretora

TÉO MENESES

Além da confusão protagonizada na manhã dessa terça-feira (10), a Câmara de Vereadores de Cuiabá virou palco de ameaças entre vereadores. Dilemário Alencar (PTB), por exemplo, promete recorrer à Justiça para garantir nova escolha dos membros das comissões permanentes do Legislativo. Admite ainda acionar judicialmente o secretário-geral da Casa, Aparecido Alves, se esse não provar as acusações que faz nos bastidores.Dilemário é um dos mais atuantes dos 16 vereadores que votaram a favor do afastamento do presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD). Ao defender nova escolha dos membros das comissões, ele alega que a Mesa Diretora não respeitou a proporcionalidade das bancadas, ficando a minoria com cargos de influência.

Marcos Lopes/HiperNotícias Vereador Dilemário Alencar questiona proporcionalidade de formação de comissões legislativas

“Se o atual presidente (Onofre Júnior/PSB) não garantir a nova escolha dos membros das comissões, vamos ingressar com mandado de segurança  para forçar isso, algo elementar que tem sido desrespeitado desde o início da Legislatura em fevereiro”, afirmou Dilemário.Ao assumir interinamente a presidência, Onofre prometeu respeitar o Regimento Interno em todos os atos da Mesa Diretora e discutir com os demais parlamentares as futuras decisões, inclusive escolha das comissões.No caso de Aparecido Alves, Dilemário alega que o secretário-geral estaria procurando sem alarde outros parlamentares chantageando para que eles retirassem assinaturas no requerimento para afastamento de João Emanuel. “Ele está dizendo que tem muita coisa a revelar. Que ele prove o que está dizendo. Se o presidente não apresentar tudo o que tem em 48 horas, e eu duvido que tenha algo, vamos representar contra ele para que se explique na Justiça também”.João Emanuel alegou desconhecer a acusação de Dilemário. Wilson Kero Kero (PRB) e Clovito Hugueney (PTB) foram mais longe: trocaram empurrões durante a sessão.